21/12/2023 às 07h11m
- Atualizado em
21/12/2023 às 10h12m
A megaoperação Placement deflagrada pela Polícia Civil, nesta quarta (20), no Grande Recife, resultou no bloqueio de R$ 608 milhões em contas e aplicações financeiras dos investigados em pessoa física e também em pessoa jurídica.
A Justiça determinou o cumprimento de 12 mandados de prisão e 31 de busca e apreensão contra empresários, no Recife, em Olinda e em Igarassu.
A informação foi confirmada pela polícia enquyanto as ações estavam acontecendo.
Segundo a polícia, durante as investigações, os investigadores solicitaram à Justiça o bloqueio do montante, que foi deferido pela 12ª Vara Criminal da Capital.
Como foi
A megaoperação policial foi deflagrada na manhã desta quarta (20).
O objetivo da Operação “Placement”foi desarticular uma organização criminosa especializada em esquemas de lavagem de dinheiro.
Os alvos são empresários, onde os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos no condomínio de luxo conhecido como "Torres Gêmeas", no Bairro de São José, na área Central do Recife no Edifício Akropolis, em Boa Viagem, na Zona Sul da cidade; além de três concessionárias de venda de carros no Pina, na Zona Sul da capital, em cinco lotéricas,sendo uma delas em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR) e quatro no Recife.
Os nomes dos suspeitos presos não foram divulgados pela corporação. Os policiais apreenderam um grande montante de dinheiro, que pode chegar R$ 1 milhão, todos armazenados em malotes, que ainda estão sendo contabilizados.
Além disso, foram apreendidos carros de luxo, embarcações, motocicletas, computadores, celulares, relógios de luxo, e documentos.
Em um vídeo disponibilizado pela polícia mostra policiais contabilizando o dinheiro que estava guardado em malotes encontrados na lotérica que foi alvo das buscas e apreensões.
Tudo isso foi levado para a sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Norte do Recife, e para o Departamento de Repressão aos Crimes de Corrupção (Dracco), no Barro, na Zona Oeste da capital.
De acordo com a polícia, as investigações foram iniciadas em abril de 2023. Também foram cumpridos mandados de sequestro de bens e valores e bloqueio de ativos financeiros.
Participam da megaoperação um efetivo de 210 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.
As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (Dintel), e pelo Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB-PCPE).
Houve apoio operacional do Comando de Operações Recursos Especiais (CORE), Corpo de Bombeiros (CBMPE, do Centro de Monitoramento
Eletrônico de Pessoas (CEMEP) e da Instituição Financeira Banco do Brasil.
Segundo a polícia, uma coletiva à imprensa para detalhar a operação será realizada em “momento oportuno”