13/12/2022 às 04h28m
- Atualizado em
13/12/2022 às 11h39m
Imagem: Reprodução
O professor Pedro Paes, de 52 anos, que ministra aulas de educação física na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), está concorrendo ao Prêmio Razões para Acreditar, que celebra a sua segunda edição neste ano. Paes ficou conhecido em todo o Brasil por ter aparecido em um vídeo “embalando” o bebê (à época, com dois meses) de uma de suas alunas no mesmo momento em que ensinava o conteúdo da disciplina. A votação é online e pode ser feita
aqui. A premiação acontecerá no próximo dia 19, às 20h, no Youtube.
A cena aconteceu em junho e foi registrada, sem o professor ter conhecido, por um aluno, viralizando com a “ajuda” da atriz e apresentadora Dira Paes, irmã do professor.
Acumulando 26 anos de experiência em sala de aula como professor universitário, Pedro Paes revelou que essa não foi a primeira vez em que teve essa atitude. “Ao longo da minha vida esse gesto sempre aconteceu, só que dessa vez foi filmado e divulgado nas redes sociais. Acontece de ter uma aluna com filho em sala de aula, seja por um imprevisto ou não. A maioria das alunas que levam os seus bebês para a sala, se veem nessa dúvida de atenção e cuidado com o filho”, explicou.
Citando outras formas comuns de ajuda na rotina dos professores, Paes estendeu ações de solidariedade a outros colegas. “Não só sou eu que faço. Não é um caso isolado. Muitos professores fazem gestos semelhantes ao longo da vida e que ‘fogem’ de questões acadêmicas. Ajudamos alguns que não podem pegar ônibus, outros que têm dificuldade em almoçar…”, exemplificou.
Agora concorrendo ao Prêmio Razões para Acreditar, o professor da UFPE salientou que, independente do resultado, já comemora ter tido o seu nome indicado, por estar representando a classe que faz parte. Ele citou ainda a dificuldade enfrenta dentro da instituição de ensino por conta dos cortes de orçamento feitos pelo Governo Federal.
“Só pelo fato de estar concorrendo, já me deixa feliz e contemplado. Eu me sinto um representante da classe dos professores, especialmente dos universitários da rede pública, que estão tendo suas atuações afetadas com todas essas contingências”, desabafou. "Temos que ter empatia com qualquer semelhante, pelo fato de muitos de nós não termos passado pelas mesmas experiências."
Diário de Pernambuco