06/12/2023 às 18h49m - Atualizado em 06/12/2023 às 20h01m
Paraibana é a única brasileira em lista de mulheres mais poderosas do mundo em 2023
Na lista foi da Forbes, Tarciana Medeiros aparece na 24ª colocação. Ela foi escolhida presidente do banco estatal, se tornando a primeira mulher a atingir este cargo em 215 anos na instituição.
A paraibana Tarciana Medeiros, atual presidente do Banco do Brasil, foi eleita uma das mulheres mais poderosas do mundo em ranking divulgado pela Revista Forbes, dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (6). Natural de Campina Grande, Tarciana ficou na 24ª colocação da lista que contabilizou 50 mulheres. Ela foi a única brasileira indicada.
Ao lado de nomes como Úrsula Von der Leyen, presidente da comissão europeia; Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos; e ainda as estrelas da música como Taylor Swift e Beyoncé, a Forbes destacou o fato de Tarciana ter sido a primeira mulher a comandar o Banco do Brasil em 215 anos da instituição, que é a mais antiga do país e a segunda em toda a América Latina.
A presidente Tarciana Medeiros vem desempenhando um papel importante também na atuação social no Banco do Brasil, isso porque após o Ministério Público Federal (MPF) ter notificado o banco sobre a abertura de um inquérito civil público que investigou o envolvimento da instituição na escravidão e no tráfico de africanos durante o século 19 no país, ela pediu desculpas ao povo negro.
Em nota, a declaração da presidente do banco veio acompanhada do anúncio de ações para promover a igualdade, a inclusão étnico-racial e combater o racismo estrutural no país.
“Direta ou indiretamente, toda a sociedade brasileira deveria pedir desculpas ao povos negro por algum tipo de participação naquele momento triste da história. Neste contexto, o Banco do Brasil de hoje pede perdão ao povo negro pelas suas versões predecessoras e trabalha intensamente para enfrentar o racismo estrutural no país”, afirmou Tarciana.
O pedido de desculpas faz parte de um acordo que o banco fez com o Ministério Público. Além disso, foi solicitado que o banco também reconheça a sua participação durante o período de tráfico de pessoas e apresente um "plano de reparação" as ações cometidas.
A presidente do BB disse que o banco não se furta a aprofundar o conhecimento e encarar a real história das versões anteriores da empresa.
“Mas o simples fato de sermos uma instituição da atualidade nos move a realizar atividades voluntárias com o compromisso público e com metas concretas para combater a desigualdade étnico-racial e buscar por justiça social no âmbito de uma sociedade que guarda sequelas da escravidão, independentemente de existir ou não qualquer conexão, ainda que indireta, entre atividades de suas outras versões e escravizadores do século XIX”, destacou.