29/11/2019 às 11h31m - Atualizado em 29/11/2019 às 12h09m
Mãe que matou filho por ser gay é condenada a 25 anos de prisão
A decisão foi dada pelo Tribunal do Júri em Cravinhos, no interior de São Paulo.
A gerente e mãe identificada como Tatiana Ferreira Lozano Pereira, acusada de matar o próprio filho, Itaberli Lozano, de 17 anos, em Cravinhos, no interior de São Paulo, foi condenada à 25 anos de prisão. A decisão foi do Tribunal do Júri nessa quarta-feira (27). De acordo com as informações, dias antes do crime, o filho havia denunciado as agressões que sofreu da mãe, por não aceitar o fato de ele ser gay.
Outros dois envolvidos no crime, identificados por Victor Roberto da Silva e Miller da Silva Barissa, foram condenados, cada um, a 21 anos e 8 meses de reclusão. As defesas vão entrar com recursos.
Depoimento
Em depoimento, ela chegou a dizer que "não aguentava mais ele", reclamando que o filho levava homens para casa e usava drogas. Tatiana, no entanto, sempre negou a homofobia. O julgamento do padrasto de Itaberli ainda não tem data para ser retomado.
Padrasto
O julgamento do padrasto, Alex Canteli Pereira, foi adiado porque seu advogado, que também defendia a mulher, deixou o caso alegando conflito de interesses. Pereira responde pelo crime de ocultação de cadáver.
Durante o processo, o padrasto contou que a mulher havia relatado a ele como havia dado as facadas que mataram o filho. Tatiana foi condenada por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ela foi levada para a penitenciária de Tremembé.