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19/11/2018 às 21h39m - Atualizado em 19/11/2018 às 22h05m

Significado e a origem da Consciência Negra no Brasil

O Dia da Consciência Negra, lembra Zumbi dos Palmares, líder que lutou pela libertação dos escravos. Também representa a luta dos negros contra a discriminação racial e pela a igualdade social.

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Carolina de Jesus, escritora brasileira (1914 - 1977)

Dia da Consciência Negra é comemorado em todo território nacional. Esta data foi escolhida por ter sido o dia da morte do líder negro Zumbi, que lutou contra a escravidão no nordeste.

A celebração relembra a importância de refletir sobre a posição dos negros na sociedade. Afinal, as gerações de afro-descendentes que sucederam a época de escravidão sofreram diversos níveis de preconceito.

A data foi estabelecida pelo projeto Lei n.º 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. No entanto, somente em 2011 a lei foi sancionada (Lei 12.519/2011) pela presidente Dilma Rousseff.

Em alguns estados do país, o Dia da Consciência Negra é feriado como no Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

História do Dia da Consciência Negra

As diversas nações africanas não se reconheciam como negros, e sim como Bantos, Haúças, Niams, Fulas, Kanembus, etc.

Os primeiros africanos trazidos para o Brasil como escravos chegaram aqui em 1532 e a abolição do tráfico negreiro deu-se em 1850, pela Lei Eusébio de Queiroz.

Após a abolição formal da escravidão no dia 13 de maio de 1888, a busca pela igualdade por direitos dos negros jamais cessou.

O sentimento de discriminação, sentido em todas as áreas, tornou o negro excluído da sociedade, da educação e assim, marginalizado no mercado de trabalho.

Essa exclusão foi aos poucos se diluindo. O negro encontrava lugar nos esportes e artes, mas não tinha acesso à universidade, por exemplo. Deste modo, a população negra optou por uma celebração simbólica dessa luta constante para sua libertação.

Criação do Dia da Consciência Negra

A criação de um dia comemorativo da Consciência Negra é uma forma de lembrar a importância de valorizar um povo que contribuiu para o desenvolvimento da cultura brasileira.

No dia 9 de janeiro de 2003, a Lei Federal 10.639 instituiu o "Dia Nacional da Consciência Negra", no calendário escolar. Desta maneira, o ensino da cultura afro-brasileira passou a fazer parte do currículo escolar em todo o país.

Durante o período de novembro, diversas atividades e projetos são realizados nas escolas de todo o país para comemorar a luta dos afrodescendentes.

Além disso, tem o intuito de conscientizar a população para a importância desse povo na formação social, histórica e cultural de nosso país.

Carolina Maria de Jesus

dia_da_consciencia_negraCarolina de Jesus (1914 - 1977), foi uma escritora brasileira que, a partir da paixão pela escrita, encontrou forças para vencer as dificuldades da pobreza e da discriminação racial.

Moradora de uma favela de São Paulo, mãe solteira, empregada doméstica e catadora de papel, ela conseguiu ultrapassar estas dificuldades para escrever sobre o preconceito racial e desigualdade social do país na década de 40. Apesar do pouco estudo, tinha uma habilidade diferenciada para descrever as dificuldades cotidianasque enfrentava.

Lançou o livro Quarto do despejo no ano de 1960, despertando a curiosidade da sociedade da época. A partir disso, teve fama, dinheiro e saiu da favela. O entusiasmo com a obra de Carolina de Jesus não durou muito tempo. Ela morreu novamente pobre e já esquecida. Em 2004, ano do centenário de seu nascimento, recebeu diversas homenagens e o reconhecimento por sua obra.

Entre seus livros mais importantes estão Quarto de Despejo, em que relata a cruel realidade da vida na favela e Diário de Bitita, uma autobiografia em que Carolina conta as dificuldades e os esforços para vencer o preconceito, as necessidades materiais e a discriminação racial.

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