21/10/2022 às 06h52m - Atualizado em 21/10/2022 às 13h43m
Operação da Polícia Federal investiga clube de tiro e loja de Caruaru
Suspeita é que grupo estaria ministrando cursos, prestando serviços de conserto, manutenção e customização de armas de fogo realizados por pessoas sem licença da Polícia Federal.
G1 Caruaru
A Polícia Federal está realizando nesta sexta-feira (21) uma operação contra investigados por falsidade ideológica para comércio e porte ilegal de armas nos estados de Alagoas, Pernambuco e São Paulo.
Em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, a investigação começou em outubro de 2021. Um inquérito policial foi instaurado para apurar que um clube de tiro e uma loja de armas pertencentes ao mesmo grupo estariam ministrando cursos, prestando serviços de conserto, manutenção e customização de armas de fogo realizados por pessoas sem licença da Polícia Federal.
Segundo a Polícia Federal, o grupo também estaria produzindo documentos ideologicamente falsos em nome de armeiros legalmente credenciados, mas que não mantinham vínculo com essas pessoas jurídicas.
O que diz a investigação
A operação é feita a pedido da Justiça de Caruaru, em Pernambuco, após representação da Polícia Federal e Ministério Público Federal. Ao longo da investigação, a polícia identificou a articulação do grupo como uma organização criminosa dedicada à produção de documentos falsos para "viabilizar e dar aparência de legalidade tanto ao comércio, quanto ao porte ilegal de armas de fogo".
Os criminosos usavam pessoas jurídicas para produzir entrevistas, vídeos e outros conteúdos, e difundir o material pela internet. Também eram feitas publicidades ilegais para a venda, estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo e incitando a prática de crimes. Na ação, a Justiça ainda determinou o bloqueio de 14 páginas, entre perfis e canais de disseminação do conteúdo ilegal.
Os investigados podem responder pelos crimes de pertencimento a organização criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, porte ilegal de arma de fogo, comércio ilegal de arma de fogo, dentre outros crimes. As penas somadas podem chegar a 30 anos de prisão e multa.
Com a operação, a polícia tenta identificar outros envolvidos e confirmar o modus operandi do grupo investigado sobre a execução de fraudes contra os sistemas dos órgãos públicos de fiscalização e controle.