19/10/2024 às 04h14m - Atualizado em 19/10/2024 às 05h27m
Presidente da Câmara de Vereadores de João Pessoa é afastado do mandato e vai usar tornozeleira eletrônica
Polícia Federal (PF) fez buscas contra aliciamento violento de eleitores em João Pessoa, o presidente da Câmara Municipal, Dinho Dowsley (PSD), é um dos alvos.
A Polícia Federal (PF) na Paraíba, com autorização da Justiça, impôs nesta sexta-feira (18) sete medidas cautelares contra o vereador Dinho Dowsley, atual presidente da Câmara Municipal de João Pessoa. Entre elas, estão a obrigatoriedade de usar tornozeleira eletrônica e a suspensão do exercício da função pública. Na prática, portanto, ele vai ser afastado de seu mandato no legislativo pessoense.
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Dinho fica proibido ainda de frequentar órgãos públicos ligados ao município de João Pessoa, o que também inviabilizaria o seu mandato de vereador e de presidente da Câmara.
Confira as sete medidas cautelares
- Obrigação de usar tornozeleira eletrônica
- Proibição de frequentar o bairro São José e Alto do Mateus
- Proibição de frequentar órgãos públicos ligados ao município de João Pessoa, em especial a prefeitura municipal de João Pessoa
- Proibição de manter contato com os demais investigados
- Proibição de ausentar-se da comarca de João Pessoa por mais de 8 dias sem comunicar ao Juízo
- Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga das 20h às 6h
- Suspensão do exercício da função pública
O parlamentar foi o principal alvo desta sexta-feira (18) de uma operação da PF que cumpriu sete mandados de busca e apreensão com o objetivo investigar a influência de um grupo criminoso no pleito municipal da capital paraibana.
A operação foi batizada de Livre Arbítrio e contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
De acordo com a Polícia Federal, o esquema envolveria ameaças, controle de território e coação para o voto a fim de exercer influência no pleito eleitoral.
Os crimes investigados são constituição de organização criminosa, uso de violência para coagir o voto, ameaça, lavagem de dinheiro e peculato.
Em meio às denúncias, Dinho Dowsley argumenta que tem sido alvo de "ilações maliciosas" envolvendo o seu nome e que isso tem "motivos meramente eleitoreiros".