07/10/2024 às 11h58m - Atualizado em 07/10/2024 às 13h18m
Aos 101 anos, aposentada vota acompanhada do filho de 74 anos em Teresina: 'Não quer deixar de exercer esse direito', diz neto
Idosa votou pela primeira vez em 1947 e deixou de ser obrigada há mais de três décadas, mas se considera uma pessoa politizada e fez questão de exercer seu direito neste domingo (6).
A professora aposentada Miriam Jales, de 101 anos, deixou de ser obrigada a votar há mais de três décadas. Mesmo assim, ela se considera uma pessoa politizada e faz questão de exercer seu direito ao voto, tradição que começou em 1947 e manteve viva neste domingo (6).
Miriam acordou cedo, por volta de 7h, e se arrumou para votar. Ela esperou o filho Elder Jales, de 74 anos, acordar para levá-la ao Premen Sul, no bairro Monte Castelo, Zona Sul de Teresina, onde fica sua sessão. De mãos dadas, mãe e filho votaram no colégio eleitoral às 8h30. A idosa teve preferência na fila e não precisou esperar.
Ao g1, o neto da ex-professora, o advogado Cleanto Jales Neto, afirmou que a avó não perdeu nenhuma eleição desde que começou a votar. Ele destacou que a cidadania de Miriam não se limitou ao voto - ela também acompanhou todos os debates e escolheu seus próprios candidatos.
“Ela está totalmente lúcida, acompanhou toda a campanha. Na minha percepção, o idoso quer participar da vida cotidiana na sociedade em que está inserido”, comentou o advogado.
O neto contou ainda que Miriam faz parte da Liga das Senhoras Católicas de Teresina há 50 anos. O grupo católico faz reuniões e campanhas sociais para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social. Ela é viúva do ex-deputado estadual Cleanto Jales, avô do advogado, e pretende votar novamente nas eleições de 2026.
“Enquanto ela estiver viva, pretende votar. Minha avó sempre foi politizada e não quer deixar de exercer esse direito”, completou Cleanto Neto.