30/09/2021 às 23h31m - Atualizado em 01/10/2021 às 00h35m
Ambev anuncia reajuste no preço das cervejas Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia e Stella Artois
A Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes (Abrasel) calcula que o aumento será de até 10% no valor do produto. O reajuste pode variar entre as regiões, marcas, embalagens e segmentos.
A Ambev informou que é um ajuste periódico e que vai levar em conta alguns fatores para o reajuste dos produtos.
O reajuste nos preços vai mudar de acordo com a região, marca, canal de venda e embalagem. O aumento também leva em consideração a alta do dólar, bem como o aumento no valor dos insumos utilizados na fabricação dos produtos.
Entretanto, a fabricante de cervejas não mencionou qual será o percentual do reajuste dos preços. A empresa também não informou se os aumentos serão aplicados só para os bares e restaurantes, ou se a venda avulsa para o consumo em casa também terá reajuste.
A Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes (Abrasel) calcula que, no estado de São Paulo, por exemplo, o aumento será de até 10% no valor do produto. Isso considerando a elevação da inflação acumulada durante os últimos anos.
Em relação aos outros estados, a Abrasel prevê um aumento nos preços das cervejas que ficará em torno de 6% ou até mesmo de 8%. Essa também considera a inflação que se acumulou durante os últimos 12 anos.
O presidente-executivo da associação, Paulo Solmucci, explica que o setor está sofrendo com o aumento da luz, do aluguel, dos alimentos e até mesmo do combustível, por conta do delivery. Desse modo, torna-se inviável não repassar o aumento para o consumidor.
No entanto, para Solmucci, o aumento anunciado pela Ambev vai influenciar outras cervejarias a também realizar reajustes. Segundo ele, a multinacional é uma referência de preço para o mercado, assim, o aumento dos valores será acompanhado pela concorrência.
Recentemente, a Associação Nacional de Restaurantes (ANR) realizou uma pesquisa, junto com a consultoria Galunion, que mostrou a situação desse setor. Segundo a pesquisa, cerca de 62% dos restaurantes, bares, cafés, lanchonetes e outros setores que realizam a venda das cervejas ainda não se recuperaram.