17/08/2017 às 07h41m - Atualizado em 17/08/2017 às 09h39m
Portaria no Diário Oficial exclui o deputado estadual Joel da Harpa da Polícia Militar
O processo diz respeito à venda, em 2009, de um imóvel, em Candeias, Jaboatão dos Guararapes, pelo valor de R$ 5 mil, a outro soldado da Polícia Militar
Uma portaria da Secretaria de Defesa Social (SDS), assinada pelo secretário Antônio de Pádua e publicada no Diário Oficial de Pernambuco, nesta quarta-feira (16), determina a punição de Joel Maurino do Carmo, mais conhecido como Joel da Harpa (Podemos), deputado estadual, com "a pena de exclusão a bem da disciplina", resultado de um processo administrativo.
O processo diz respeito à venda, em 2009, de um imóvel, em Candeias, Jaboatão dos Guararapes, pelo valor de R$ 5 mil, a outro soldado da Polícia Militar "como se fosse de sua propriedade". A publicação pede, ainda, o arquivamento do processo administrativo em relação ao segundo soldado, "por não ter sido comprovado que tenha praticado algum tipo de infração disciplinar".
Outro lado
Em contato com o Blog da Folha, o deputado Joel da Harpa afirmou que a decisão da Corregedoria é perseguição e que "eles estão errando o alvo". "Eles não conseguem ressuscitar o Pacto (pela Vida) e estão tentando prejudicar, injustiçar quem defende a segurança pública de Pernambuco", disse o parlamentar.
Joel da Harpa explicou que o terreno em questão era do seu pai, uma posse, que foi vendido para um policial amigo. O deputado afirma ter ido ao cartório para realizar a venda do mesmo. O PM mora no local há quase dez anos, segundo o deputado. "Depois desse tempo, apareceu um cidadão dizendo que é dono do terreno. Ele foi para a Corregedoria e foi para a Justiça. E a Corregedoria, para minha surpresa, me excluiu. E me excluiu por quê? É naturalmente perseguição ao nosso posicionamento. E está mostrando a falência do Governo em relação ao Pacto pela Vida. Deviam estar atrás de bandido, mas estão atrás de quem quer melhorar a segurança", disparou.
O deputado estadual Joel da Harpa afirmou que sua equipe jurídica está trabalhando no caso. "Vou até o Supremo Tribunal Federal. Tenho plena consciência da minha inocência. Tenho consciência que é perseguição", disse o parlamentar.