29/07/2022 às 09h52m
- Atualizado em
29/07/2022 às 11h08m
Subiu para sete o número de casos confirmados de monkeypox, doença conhecida como varíola dos macacos, em Pernambuco. A informação foi divulgada, na noite desta quinta (28), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).
Com isso, o estado tem, ao todo, 19 notificações da doença. São 11 ocorrências em investigação. Uma delas já está descartada.
No domingo (24), na atualização do quadro de monkeypox mais recente, o estado havia informado que eram três os casos confirmados.
Os casos confirmados, até esta quinta, são de pacientes que moram nos seguintes locais:
- Recife (3)
- Jaboatão dos Guararapes (2)
- Casos de outros estados: Rio de Janeiro (1) e São Paulo (1)
Segundo o levantamento da SES-PE, três pacientes têm entre 20 a 29, três estão na faixa etária de 40 a 49 anos e um está entre 30 a 39 anos. Todos são homens, segundo o governo.
Os 11 casos que estão em investigação são de pessoas residentes nos seguintes municípios:
- Recife (6)
- Paulista (2)
- Petrolina (1)
- Abreu e Lima (1)
- Timbaúba (1)
Sete casos investigados são de pacientes que têm entre 20 e 29. Três estão na faixa etária de 30 a 39 e um deles tem entre 40 e 49 anos. Ao todo, são nove homens e duas mulheres.
Por meio de nota, o estado disse que “não há evidências de que Pernambuco registre a transmissão local da monkeypox”.
Ainda segundo o comunicado, nenhum dos pacientes está internado e todos foram mantidos em isolamento domiciliar. Eles são acompanhados pelas equipes de vigilância epidemiológica municipais.
As amostras coletadas estão sendo encaminhadas para o Laboratório de Enterovírus da Fiocruz/RJ, referência para o diagnóstico da Monkeypox, e para o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE).
A varíola dos macacos foi declarada emergência global em saúde pela Organização Mundial em Saúde (OMS) no sábado (23). Mais de 16 mil casos da doença já foram relatados em 75 países, com ao menos cinco mortes, segundo a OMS.
No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizava 696 casos confirmados até a segunda (25). Desde então, pelo menos mais dois estados confirmaram novos casos da doença: Acre e Tocantins. Na terça-feira (26), a OMS classificou a situação do Brasil como "preocupante".
Veja o que se sabe sobre a vacinação
Na quarta (27), o diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselhou que homens que fazem sexo com homens – como gays, bissexuais e trabalhadores do sexo – reduzam, neste momento, o número de parceiros sexuais para diminuir o risco de exposição à varíola dos macacos
Em junho, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco emitiu nota técnica para os serviços de saúde sobre as diretrizes a serem adotadas para vigilância da doença.
O primeiro caso confirmado em Pernambuco foi importado, envolvendo um morador de São Paulo. O homem saiu de Guarulhos para passar uma temporada no Grande Recife.
Formas de transmissão
Apesar do nome, a doença viral não tem origem nos macacos. Apenas foi identificada pela primeira vez nesses animais. A transmissão pode ocorrer através do contato com animal ou humano infectado (veja vídeo acima).
O contágio entre humanos ocorre por meio do contato direto com secreções respiratórias, lesões na pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, ou a partir do contato com superfície ou objetos recentemente contaminados.
A varíola dos macacos pode ser transmitida por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados
Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
Pode ocorre transmissão de pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença.
Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar por meio de sêmen ou fluidos vaginais. Também pode haver transmissão das seguintes formas:
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto através da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
Conheça os sintomas
Os principais sintomas da varíola dos macacos são:
- Febre
- Dor de cabeça
- Dores musculares
- Dor nas costas
- Gânglios (linfonodos) inchados
- Calafrios
- Exaustão
Como se proteger
O uso de máscaras, distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.