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14/07/2024 às 13h51m - Atualizado em 14/07/2024 às 15h17m

Feminicídios crescem em Pernambuco; aumento de 15,6% em relação ao mesmo período de 2023

Somente no primeiro semestre deste ano, 37 mulheres foram vítimas de feminicídio

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No primeiro semestre deste ano em Pernambuco. Houve aumento de 15,6% em relação ao mesmo período de 2023, quando 32 mulheres perderam a vida. As tristes estatísticas reforçam que a cultura machista e o sentimento de posse ainda permanecem muito presentes e matam inocentes no País.  

"A maioria das vítimas de feminicídio nunca denunciou algum tipo de violência sofrida, por isso a gente insiste para que as mulheres denunciem no primeiro sinal. Nunca é demais bater nessa tecla", afirmou a delegada Fabiana Leandro, gestora do Departamento de Polícia da Mulher (DPMul). 

De janeiro a junho, 26.646 queixas de violência doméstica/familiar foram registradas no Estado. A média diária foi de 148 denúncias. O número é altíssimo, mas a polícia enxerga como positivo. Indica que mais vítimas estão procurando ajuda e a rede de proteção pode agir para quebrar o ciclo de violência. 

Fabiana Leandro destacou que a polícia, junto à Secretaria Estadual da Mulher, vem intensificando ações - principalmente em comunidades - para incentivar que as mulheres denunciem os agressores. "Fazemos questão de mostrar que as leis mudaram, evoluíram. Houve muita luta para chegarmos até aqui, para termos o direito de igualdade reconhecido pela lei", pontuou Fabiana.

Hoje, Pernambuco conta com 15 delegacias especializadas no atendimento à mulher. Sete delas funcionam 24 horas. Mas a gestora da DPMul reforçou que os policiais das outras unidades estão passando por capacitações periódicas para atualização das leis referentes à violência contra a mulher. 

MEDIDAS PROTETIVAS

No último mês, cinco agressores foram presos por descumprimento de medidas protetivas no Grande Recife. Em dois casos, as vítimas acionaram a Unidade Portátil de Rastreamento (UPR), popularmente conhecida como "botão do pânico".

A ferramenta é disponibilizada às mulheres quando os agressores denunciados por elas são monitorados eletronicamente. Caso eles descumpram a medida protetiva, elas podem fazer o acionamento, sem a necessidade de telefonar para o Centro de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (Cemep).

Mas muitas das vítimas não têm conhecimento da ferramenta. "Muitas vezes, o oficial de justiça não encontra a mulher, porque ela mudou de endereço, por exemplo. É importante que elas tenham acesso ao aparelho, porque é mais uma forma de proteção", disse a delegada.   

As vítimas que têm direito ao botão, mas ainda não tiveram acesso a ele, podem entrar em contato pelo telefone: (81) 9.9488.3763. 

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