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13/07/2022 às 08h24m - Atualizado em 13/07/2022 às 09h22m

Pernambuco confirma primeiro caso de varíola dos macacos e notifica mais três ocorrências suspeitas da doença

Caso confirmado, nesta terça (12), é de um paciente de São Paulo que veio passar temporada no Grande Recife. As ocorrências em investigação são de pessoas do Recife, Jaboatão e Rio de Janeiro.

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O primeiro caso de varíola dos macacos está confirmado em Pernambuco. Nesta terça (12), a Secretarias Estadual de Saúde (SES-PE) informou que os exames comprovaram que o paciente que veio de São Paulo teve diagnóstico para a doença. Além disso, o estado notificou outras três ocorrências suspeitas de monkeypox. As informações são do G1 Pernambuco.

Com o s novos dados, Pernambuco passou a ter quatro ocorrências, sendo três em investigação e uma confirmada. No Brasil, mais de 140 casos foram confirmados.

A confirmação do “caso importado” é de um paciente de 25 anos que mora em Guarulhos e veio passar um período de férias em paulista, no Grande Recife.

Esse registro tinha sido feito no dia 6 de julho. A confirmação será registrada pelo estado de origem. Por meio de nota, o governo afirmou que “não registrou transmissão local da varíola dos macacos”.

Disse, ainda, que “todos os casos notificados possuem histórico de viagens para o exterior e/ou para estados brasileiros que já confirmaram disseminação comunitária”.

Os pacientes com suspeita da doença são três homens. A SES disse que começou a fazer a investigação epidemiológica para coleta de exames.

Dois deles moram em Pernambuco, um no Recife e outro em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. O terceiro casos suspeito é de uma pessoa do Rio de Janeiro.

As faixas etárias são: 20 a 29 (2) e 40 a 49 (1). Dois tiveram contato direto com pessoas provenientes da África e Europa; e um deles realizou viagem recente a São Paulo. Dois encontram-se em isolamento domiciliar e um está isolado em unidade hospitalar da rede privada.

As amostras coletadas serão encaminhadas para o Laboratório de Enterovírus da Fiocruz/RJ, referência para o diagnóstico da Monkeypox e o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE) também realizará investigação.

“Por enquanto, Pernambuco não contabiliza nenhum caso confirmado da varíola dos macacos em residentes no estado”, acrescentou o comunicado.

Em junho, a Secretaria Estadual de Saúde emitiu nota técnica para os serviços de saúde sobre as diretrizes a serem adotadas para vigilância da doença.

Caso confirmado

Segundo o estado, o paciente que teve primeiro caso confirmado da doença manteve contato com europeus em uma comemoração em São Paulo, onde mora.

A SES-PE disse, ainda, que, no dia 30 de junho, ele começou a apresentar quadro de febre, aumento dos linfonodos do pescoço, erupção cutânea, além de linfonodos inchados na região genital e virilha.

Diante disso, o paciente procurou atendimento na AHF Brasil - Clínica do Homem Recife, na segunda (4).

A AHF é uma unidade especializada em prevenção, diagnóstico e tratamento de IST, com foco no público masculino. A unidade atua em parceria com o Programa de IST/HIV/Aids, da SES-PE.

A doença

Apesar do nome, a doença viral não tem origem nos macacos, apenas foi identificada pela primeira vez nesses animais. A transmissão pode ocorrer através do contato com animal ou humano infectado.

O contágio entre humanos ocorre por meio do contato direto com secreções respiratórias, lesões na pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, ou a partir do contato com superfície ou objetos recentemente contaminados.

Veja formas de transmissão

  • Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

 

 

Conheça os sintomas

Os principais sintomas da varíola dos macacos são:

  • febre
  • dor de cabeça
  • dores musculares
  • dor nas costas
  • gânglios (linfonodos) inchados
  • calafrios
  • exaustão

Como se proteger

O uso de máscaras, distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.

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