12/07/2019 às 08h41m - Atualizado em 12/07/2019 às 10h06m
Homem é denunciado pela família por suposto estupro praticado contra netas
Suspeito, que era chamado de vovô pelas garotas por ser casado com a avó delas, teria praticado abusos quando crianças estavam sob os cuidados dele
O marido da avó de duas crianças que costumavam ficar sob os cuidados dele enquanto os pais saíram para trabalhar está sendo acusado de estuprar as duas meninas, de sete e 10 anos. As garotas são primas e, por consideração, chamavam o suspeito de vovô. Os abusos, segundo a mãe de uma das vítimas, foram descobertos depois que ele notou uma mancha na calcinha da filha ao ir buscá-la.
Desconfiada, ela questionou a menina, que inicialmente negou o estupro, mas depois, ao se ver a sós com a mãe, resolveu falar e narrou em detalhes a violência sexual a que era submetida. Diante dos relatos, a prima mais velha dela também decidiu contar o que vinha acontecendo com as duas. Segundo ela, o companheiro da avó a beijava, tocava nas partes íntimas dela e a obrigava a praticar atos obscenos. O caso foi registrado no bairro de Caetés 1, e Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.
O suposto crime foi denunciado à polícia e está sendo investigado. A avó das crianças, porém, tomou partido do marido e passou a defendê-lo. “Ele é companheiro da mãe do meu marido e eles já vivem juntos há mais de 12 anos”, justifica a mãe de uma das crianças, afirmando que sempre confiou no sogro e nunca imaginou que ele pudesse abusar da filha. “O relacionamento da gente era muito bom. Eu fazia parte da igreja de que ele também fazia, e quase toda noite a gente ia para a igreja junto, no carro dele. Para mim, ele era como um pai”, conta ela.
Segundo a mulher, ao perguntar detalhes dos abusos, a menina teria dito que eles eram frequentes. “Ela me disse: ‘vovô mexia em mim quase todo dia, mamãe'”, lembra. Ele diz que só se mudou para o bairro para permitir que a menina ficasse aos cuidados dos avós quando ela saía de casa, o que acontecia havia cerca de quatro meses.
Ao saber dos estupros, ela passou uma semana sem comer e sem dormir por conta do trauma. Ela cobra providências da polícia e da Justiça. “Isso já faz um mês e nada foi feito”, reclama. A mulher também considera a possibilidade de a filha mais nova, de quatro anos, também ter sido abusada, mas a criança não confirmou a desconfiança.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Vitor Melo, a investigação corre em segredo de Justiça. As garotas foram submetidas a exames sexológicos no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife, mas os laudos ainda não ficaram prontos.