Com a morte de Roberta, subiu para quatro o número de homicídios de pessoas trans no Estado nos últimos 22 dias. No dia 18 de junho, a mulher trans Kalyndra Selva foi achada asfixiada em sua casa, na zona sul do Recife. O companheiro dela é o principal suspeito do crime.
Uma semana depois, Roberta Silva foi atacada pelo adolescente e teve 40% do corpo lesionado por queimaduras de 3 grau. No último domingo, 4, a cabeleireira Crismilly Pérola foi assassinada com um tiro no pescoço. O atirador e a motivação ainda são desconhecidos.
Três dias depois, na madrugada da quarta-feira, 7, Fabiana da Silva Lucas morreu após ter sido golpeada por faca várias vezes, no interior do Estado. O suspeito do crime foi preso em flagrante, mas a motivação é desconhecida.
Os crimes em sequência estão sendo investigados pela Polícia Civil de Pernambuco, que considera a possibilidade de motivação transfóbica. Em declarações recentes em suas redes sociais, o governador Paulo Câmara (PSB) cobrou rigor nas apurações para que os agressores não fiquem impunes. Já o prefeito de Recife, João Campos, lamentou a morte de Roberta da Silva e disse que a Casa de Acolhida LGBTIA+ irá receber seu nome.