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22/06/2018 às 10h35m - Atualizado em 22/06/2018 às 13h06m

Operação Lava Jato apreende documentos e computadores em empresas e casas em Timbaúba e Recife

Em Timbaúba, os alvos de mandados de prisão eram o ex-diretor da Petroquisa Djalma Rodrigues de Souza, que já é réu na Lava Jato, e o filho dele, Douglas Campos Pedrosa de Souza.

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A Polícia Federal (PF) em Pernambuco cumpriu, nesta quinta-feira (21), nove de 11 ordens judiciais expedidas para a Operação Greenwich, 52ª fase da Operação Lava Jato. A ação foi deflagrada para apurar crimes praticados contra de subsidiárias da Petrobras.

Os agentes fizeram buscas em empresas e em residências no Recife e em Timbaúba, na Zona da Mata Norte, distante 100 quilômetros da capital, e apreenderam computadores e mídias como CDs, pen drives e HDs.

Dois alvos de mandados de prisão eram o ex-diretor da Petroquisa Djalma Rodrigues de Souza, que já é réu na Lava Jato, e o filho dele, Douglas Campos Pedrosa de Souza. Os mandados não foram cumpridos pela PF em Pernambuco, pois eles não estavam no estado.

Djalma, que tinha dois mandados expedidos, um em Pernambuco e outro no Rio de Janeiro, foi preso no Rio. Já Douglas se apresentou espontaneamente à PF em São Paulo, de acordo com a corporação em Pernambuco. A superintendência da Polícia Federal no Paraná, no entanto, previa a apresentação para o fim da tarde desta quinta.

Segundo a PF, ao todo, 40 policiais federais e servidores da Receita Federal foram acionados. No Recife, eles cumpriram oito ordens judiciais de busca. Por volta das 5h desta quinta (21), viaturas saíram da sede da PF no Recife para cumprir os mandados.

Um dos alvos de busca e apreensão foi o endereço de uma coworking, que é uma empresa que oferece compartilhamento de espaço físico para escritórios, em Casa Forte, na Zona Norte do Recife. A PF, entrentanto, não informou qual empresa que compartilha o espaço foi o alvo da operação. Ainda em Pernambuco, houve ações em Timbaúba.

Durante as investigações, a PF constatou fraudes em processo de contratação das empresas das subsidiárias da Petrobras em favor da Odebrecht, além de corrupção, crimes financeiros e lavagem de ativos.

Segundo a PF, foi identificado um esquema criminoso que obtinha vantagens para a Odebrecht na obtenção de contratos, em troca de recursos para funcionários da empresa. As quantias eram entregues em espécie ou por meio de remessas para contas bancárias no exterior.

Respostas

Duas viaturas voltaram à sede da PF por volta das 8h30, mas sem nada apreendido. O G1 tenta contato com a Odebrecht e com a Petrobras.

Procurada pela produção da TV Globo, a companhia de coworking informou que a empresa buscada pela PF não está mais "hospedada" no local. O nome da empresa não foi divulgado.

Procurado pela TV Globo, o advogado Gentil Ferreira de Souza, que defende Djalma Rodrigues de Souza, afirmou que só vai se manifestar após ter acesso a informações novas contidas no processo.

Greenwich

O nome da operação, segundo a PF, remete a uma das contas bancárias mantidas no exterior. A conta em questão era destinada ao recebimento de valores transferidos pelo Grupo Odebrecht a funcionários de subsidiárias da Petrobras em troca da "defesa" do grupo empresarial nas contratações.

Informações: G1 Pernambuco

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