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12/06/2023 às 21h10m - Atualizado em 13/06/2023 às 07h23m

Pernambucano é espancado durante ataque xenofóbico em Portugal

O engenheiro Saul foi agredido em uma cafeteria em Braga, Portugal. Segundo a vítima, o crime teve como motivação o preconceito pela sua nacionalidade;

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Um pernambucano foi agredido e espancado na cidade de Braga, Portugal, onde mora desde 2021. De acordo com o relato da vítima ao portal G1, o engenheiro Saulo Jucá, que possui cidadania portuguesa, as agressões aconteceram em uma cafeteria, logo após se despedir de uma videochamada com sua namorada. "Ele me agrediu, chutou minha cara e minhas costelas", disse.

No dia 10 de junho é celebrado o Dia de Portugal, feriado nacional. Jucá contou que tinha notado que o agressor aparentava estar embriagado.

“Eu notei um movimento estranho do outro lado da rua. Tinha um homem visivelmente embriagado a companhado da mãe, que não queria que ele bebesse. Era o Dia de Portugal, e eu nem sabia disso. Entrei no café porque não achei uma 'vibe' boa”, lembrou a vítima.

Saulo conversava com o dono do estabelecimento quando foi abordado pelo agressor, que perguntou sua nacionalidade. Ao ouvir que não era portugês, começou a agredir o pernambucano.

“Enquanto ele me batia, a mãe dele dizia ‘você vai ser preso de novo’. Isso aconteceu entre as 20h e as 21h. Depois disso, eu fui socorrido por uma ambulância, e a polícia chegou na sequência. Eu não cheguei a ver os policiais, porque o socorro veio primeiro”, disse em seu relato.

Uma equipe de saúde acionada o levou ao hospital, onde esteve internado até domingo (11). Nesta segunda-feira (12), ele foi à delegacia prestar queixa e realizar exame de corpo de delito. Saulo ainda comentou que vai acionar um advogado para levar o caso à justiça, pois o fato foi filmado.

Xenofobia

Segundo Saulo, a motivação da agressão foi ele ter dito que não era português, podendo configurar o caso como xenofobia, o preconceito contra uma pessoa de outra nacionalidade. Ele contou ainda que a má prática é bastante comum no país lusitano.

“A xenofobia aqui é uma coisa que, para eles, é normal, mas para a gente não é.

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