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11/06/2023 às 10h28m - Atualizado em 11/06/2023 às 11h27m

Na Paraíba, operação investiga fraude em licitações, e contrato com empresas da primeira-dama de São José dos Ramos

Sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas residências dos investigados, nas sedes das empresas e também na prefeitura.

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Sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na manhã desta quarta-feira (7) em uma operação que apura fraudes em licitações no âmbito da Prefeitura de São José dos Ramos, na Mata paraibana. Segundo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), há indícios em torno de contratos e pagamentos feitos pela atual gestão a empresas da primeira-dama e da secretária de Finanças da cidade.

Em áudio enviado à imprensa por volta das 10h30, o prefeito Matheus Amorim (PDT) comentou sobre a operação. "A gente recebeu essa operação com bastante tranquilidade, fomos muito solícitos, entregamos o que foi necessário para que eles pudessem fazer as averiguações necessárias", disse. O prefeito negou que a empresa é da esposa dele e disse que o empreendimento tem 16 anos e é a única empresa que presta este tipo de serviço para prefeituras da região. Segundo Matheus, a prefeitura tem cooperado com a investigação para que tudo se resolva da melhor forma.

A investigação apura a prática de fraudes em licitações e desvios de dinheiro público. Segundo o levantamento feito pelo Gaeco, uma das empresas foi contratada mediante processos licitatórios em que foi a única participante, ou sem licitação, recebendo o montante de R$ 212.188,26, entre os anos de 2021 e 2022, por supostos serviços de buffet e decoração de eventos.

Conforme apurado, as empresas foram formalmente constituídas em nome de pessoas interpostas. Estão sendo cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão nas residências dos investigados, como também na sede das empresas e na Prefeitura de São José dos Ramos.

A operação, batizada de Dionísio, está sendo feita pelo Gaeco junto à Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e à Improbidade Administrativa (CCrimp) do MPPB, com apoio de órgãos vinculados à Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social (Sesds), Polícias Militar e Civil da Paraíba.

Do G1 Paraíba

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