01/06/2017 às 05h43m
Pernambuco: Sobe para cinco o número de mortos devido às chuvas
Um adolescente de 14 anos e de uma mulher de 37 morreram na capital pernambucana devido a um deslizamento de barreira. As outras três mortes aconteceram no Agreste.
Defesa Civil do Recife confirmou, na tarde desta quarta-feira (31), a morte de um adolescente de 14 anos no bairro da Linha do Tiro, na Zona Norte do Recife, devido a um deslizamento de barreira na localidade. Uma mulher de 37 também morreu no local.
O número de mortos devido às fortes chuvas no Grande Recife, na Mata Sul e no Agreste de Pernambuco sobe para cinco. As outras mortes foram duas no município de Lagoa dos Gatos e uma em Caruaru.
De acordo com a gerente geral de engenharia da Defesa Civil do Recife, Elaine Holanda, o local em que o adolescente e a mulher morreram havia sido vistoriado pelo órgão neste mês de maio. “É um local que estava com lona plástica e estava sendo acompanhado pelas equipes de monitoramento. Agora vamos investigar o que aconteceu para saber o que causou o deslizamento”, afirma. Além das mortes, uma criança de nove anos ficou ferida e foi levada à casa de parentes.
Tio do garoto que morreu no deslizamento, Marcos Pereira dos Santos afirmou que a lona foi colocada por profissionais da Defesa Civil na última semana, mas ele acredita que a ocorrência foi motivada por um cano quebrado. “A água encharcou muito a parte de cima da barreira e tem um cano quebrado que não ia segurar a água de uma chuva forte. A lona ajudou, mas a água foi por baixo”, conta.
De acordo com vizinhos das vítimas, o jovem de 14 anos era sobrinho da mulher de 37 anos, que teve a morte confirmada na manhã desta quarta (31). Outras duas pessoas que moravam na área em que ocorreu o deslizamento conseguiram sair da residência antes da queda da barreira.
A cuidadora Vilma de Souza, que trabalha na casa dos pais da mulher que faleceu pela manhã, afirmou ter estado com a vítima poucos minutos antes de a barreira deslizar. “Os pais dela moram na casa ao lado e eram 11h30 quando ela me disse que ia em casa fazer o almoço. Não acreditei quando eu soube que ela tinha morrido por causa da barreira. Hoje mesmo cheguei a comentar que eu tinha medo de deslizamento. Estou atordoada porque foi tudo muito rápido”, conta.
Do G1 PE