22/05/2019 às 16h36m - Atualizado em 23/05/2019 às 19h30m
Alepe vai oferecer estágio a jovens que não foram adotados
Projeto 'Alepe Acolhe' vai oferecer dez vagas de estágio, com remuneração, para adolescentes que estejam em situação de vulnerabilidade e prestes a completar a idade limite para adoção
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai disponibilizar dez vagas de estágio e cursos de formação para jovens aptos à adoção. A iniciativa, que é fruto de um convênio firmado entre a Alepe e o Tribunal de Justiça (TJPE), pretende atender os adolescentes que tenham, no mínimo, 17 anos e seis meses de idade, estejam em situação de vulnerabilidade e aguardando a adoção.
O convênio entre a Alepe e o TJPE foi assinado no último dia 20. O projeto será lançado nesta quarta-feira (22) pela Casa.
O perfil escolhido, de acordo com o TJPE, foi de pessoas que podem completar os 18 anos sem serem adotadas. Ao chegar a maioridade eles precisam deixar as casas de acolhimentos e a intenção é de que saiam dos locais com formações em língua portuguesa, língua estrangeira, informática e condutas de trabalho.
O TJPE através da Coordenadoria da Infância e Juventude vai indicar os jovens para o projeto denominado de ‘Alepe Acolhe’. Os escolhidos também vão receber uma bolsa mensal de R$ 500,00 para ajuda de custo. O projeto tem validade de um ano, podendo ser prorrogado.
De acordo com o presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PP), o vai inserir os jovens no mercado profissional. “A Assembleia irá proporcionar estágios para jovens que, de certa forma, estão encerrando o período de permanência nas casas de acolhimento. Ao mesmo tempo, iremos promover cursos de capacitação profissional, visando a inserção dos participantes no mercado de trabalho”, ressaltou.
Para o coordenador de Infância e Juventude do TJPE, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueiredo, a oportunidade de estágio na Alepe pode mudar a realidade desses jovens. “Estamos direcionando a iniciativa para aqueles com mais de 16 anos. Eles estão numa situação dificílima, porque começam a se expor à realidade do tráfico de drogas e da prostituição. Se você consegue dar oportunidades de capacitação profissional, eles conseguem um emprego ou um estágio e a situação modifica-se completamente”, frisou.