11/05/2018 às 11h03m - Atualizado em 21/05/2018 às 14h38m
Timbaúba: Escola Municipal João Monteiro, no Engenho Lagoa do Meio, na zona rural, também está sem funcionar há vários meses
Os alunos foram transferidos para outras comunidades. Para conseguirem chegar em outras escolas, as crianças enfrentam estradas perigosas com ladeiras esburacadas e escorregadias.
O Timbaúba Agora mostra a realidade da Escola Municipal João Monteiro, no Engenho Lagoa do Meio, na zona rural de Timbaúba. Essa é a sexta reportagem da série de escolas fechadas na zona rural do município de Timbaúba pela gestão do prefeito Ulisses Felinto.
Durante a campanha para prefeito de Timbaúba em 2016, o então candidato Ulisses Felinto Filho fez duras criticas a gestão anterior em relação ao fechamento de escolas na zona rural de Timbaúba. Com a atual gestão assumindo em janeiro de 2017, os moradores de várias comunidades da zona rural ficaram na expectativa da reabertura e continuação do funcionamento das escolas. Mas a situação foi diferente do esperado. Assim como a Escola João Monteiro (Engenho Lagoa do Meio), estão sem funcionar há vários meses a Escola José Bolívar (Boa Vista), Escola Dom Expedito (Sítio Patos), Escola Nossa Senhora de Fátima (Xixá), Escola Santo Antônio (Aningas) e Escola Nossa Senhora de Fátima I (Engenho Cana Brava).
Como todos se lembram, fechamento de escolas na zona rural já foi motivo de polêmica em Timbaúba. Em maio de 2015, um já extinto programa chamado CQC da Rede Bandeirantes de Televisão fez uma matéria mostrando para todo o Brasil a situação das escolas. Isso serviu até de mote da campanha politica de 2016. Os moradores dessas comunidades esperam por um pronunciamento oficial do prefeito ou Secretaria de Educação para saber por qual motivo essas instituições de ensino foram fechadas. O atual gestor até o momento não se pronunciou sobre esse assunto. Por enquanto, os pais sofrem com o silêncio das autoridades e tendo que ver seus filhos irem estudar em outras comunidades distantes.
A situação é séria no Engenho Lagoa do Meio em termo de acesso. As péssimas condições das estradas (principalmente após as chuvas) colocam as crianças em risco. Para se conseguir sair da comunidade, o automóvel que leva as crianças tem que enfrentar ladeiras esburacadas, escorregadias em época de chuva e pedras. Tudo isso poderia ser evitado se a escola da comunidade ainda estivesse funcionado.
As instalações do prédio da antiga escola não está muito diferente das demais que foram fechadas em Boa Vista, Sítio Pato, Xixá, Aningas e Engenho Canabrava. O descaso com o dinheiro é público e notório. O prédio está abandonado. Matagal e lixo em frente ao antigo educandário. E pintura deteriorada. A equipe do Timbaúba Agora não teve acesso a parte interna da antiga escola para se relatar a real situação.
Durante o trajeto, o Timbaúba Agora gravou vídeos e a dificuldade é grande para que as crianças se desloquem do Engenho Lagoa do Meio para a escola de outra comunidade. Em breve, os vídeos serão divulgados nas Redes Sociais do Timbaúba Agora.
Não tivemos acesso a quantidade de alunos da escola no ano passado. Mas em 2016, ao todo estudavam no Engenho Lagoa do Meio 17 alunos. Sendo três no primeiro ano; dois no 2º ano; um aluno no 3º ano; cinco no quarto ano; seis no quinto ano.
OUTRAS ESCOLAS FECHADAS PELA ATUAL GESTÃO DE TIMBAÚBA:
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