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07/05/2024 às 07h01m - Atualizado em 07/05/2024 às 07h07m

De olho na reeleição em Timbaúba, Marinaldo chegou a 40 meses de gestão investindo alto em propaganda e festividades, inchando a prefeitura e pegando carona em ações do Estado e União

A tentativa de Rosendo é de amenizar as muitas críticas por parte da população feitas a sua gestão em pleno ano eleitoral

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No dia 30 de abril de 2024, o prefeito de Timbaúba, Marinaldo Rosendo (PP), completou 40 meses de gestão (3 anos e 4 meses ou 1.216 dias). E de olho na reeleição, no caso de conseguir ter êxito no dia 6 de outubro, ficará no poder até 31 de dezembro de 2028, o pré-candidato do Progressistas vem apostando alto e arriscando em diversos aspectos na tentativa de amenizar ou encerrar as críticas por parte da população. O Agora Nordeste elencou algumas das recentes ações do Poder Público Municipal que dividem a opinião dos timbaubenses, para muitos acontece uma “maquiagem’’ na tentativa de esconder os problemas do município.

O primeiro quesito é propaganda institucional onde tem à disposição um aparato de comunicação. O Governo Municipal vem investindo alto nos últimos meses em publicidade nas suas redes sociais e do prefeito. Um dos assuntos mais explorados pela gestão é obras, seja alguma construção, reforma de escolas ou operação tapa buraco. A crítica é intensa, pois no entendimento de quem ver a informação não condiz com a realidade, pois Timbaúba tem quase 20 serviços paralisados, as ruas de diversos pontos da cidade estão cheia de buracos, sem saneamento básico, e a reforma de unidades de ensino começou no período errado, prejudicando assim, o desenvolvimento dos estudantes, no qual deveria ser feito nas férias escolares. A saúde também é outro setor bastante explorado. Mas há alguns dias sofreu duras críticas por conta da falta de medicamentos e ausência de profissionais na UPA e postos de saúde. A Timbaúba real é repleta de graves problemas, como a triste realidade dos moradores.

Em 2024, as festividades contaram com gastos exorbitantes, o Carnaval e o retorno (em ano de eleição) da Festa de Emancipação Política.

Timbaúba: TCE-PE divulga cachês de algumas atrações do Carnaval 2024; Maiores foram Henry Freitas (R$ 260 mil), Pablo (R$ 200 mil) e Raphaela Santos (R$ 150 mil), confira outros

Na Festa de Momo, contratou artistas e bandas de fora a peso de ouro. Veja valores de alguns: Henry Freitas (R$ 260 mil), Pablo (R$ 200 mil), Raphaela Santos (R$ 150 mil), Trio da Huanna (R$ 150 mil), Pedrinho Pegação (R$ 120 mil).

No aniversário de 145 anos de Timbaúba trouxe novamente o cantor Pablo e um novo contrato de R$ 200 mil e Priscila Senna com o cachê de R$ 150 mil. Isso faz lembrar a política do pão e circo que consiste em estabelecer meios para agradar à população, mantendo-a alienada e satisfeita.

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Outro fato preocupante que pode prejudicar os munícipes no futuro é o “inchaço” da prefeitura. Segundo o TCE, até 31 de março, tinha 1.146 servidores contratados e 200 cargos comissionados. Enquanto isso, apenas 41 dos 793 aprovados do concurso de 2023 foram convocados, representando 5%. O alto gasto do executivo com o pagamento de pessoal, principalmente com os milhares de contratados significa menos recursos para investimento. Esses gastos sem limites em ano de eleição estão deixando um déficit nos cofres da prefeitura. Ainda de acordo com o TCE, o saldo negativo da gestão nesse primeiro trimestre de 2024 é de quase R$ 24 milhões.

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Outro quesito que chama atenção, que como forma de se promover, a gestão explora nas redes sociais ações dos Governos Federal e Estadual. Com frequência são feitas postagens sobre a Cozinha Comunitária que é uma ação do Governo de Pernambuco, que garante alimento de qualidade às famílias em vulnerabilidade alimentar e social. Já foram inaugurados esses equipamentos em várias cidades do estado e que ofertam refeições diárias, cada um deles. Recentemente, o Minha Casa, Minha Vida Rural do Governo Federal foi bastante explorado pelo Governo Municipal após Timbaúba ser beneficiada. O MCMV-Rural é um programa de produção e de melhoria de unidades habitacionais rurais, que utiliza recursos do Orçamento Geral da União (OGU) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A impressão que tenta passar aos seguidores das redes sociais que são ações criadas com recursos próprios. Para se ter uma ideia, das 17 obras inacabadas, apenas quatro são com recursos do município, três são com verbas do Governo Estadual e 10 são com recursos oriundos do Governo Federal. 

Nas ruas o sentimento da população é outro, diferentemente das belas imagens publicadas nas redes sociais. Eles que vivem a realidade sabem que existem inúmeros problemas como ruas esburacadas, sem saneamento básico, escuras e obras inacabadas. Além disso, a gestão é alvo de denúncias dos vereadores de oposição por conta da falta de pagamento do piso dos profissionais da enfermagem, falta de pagamento dos precatórios do FUNDEF aos profissionais da educação, falta de pagamento do Previne Brasil aos profissionais da saúde, atraso no pagamento dos carros agregados, falta de medicamentos e ausência de profissionais de saúde nas unidades, entre outros descasos.

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