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27/04/2024 às 18h07m - Atualizado em 27/04/2024 às 18h12m

Polícia Federal cumpre 10 mandados de busca em ação contra corrupção em prefeitura da Zona da Mata de Pernambuco

Polícia federal investiga recebimento indevido de vantagens na prefeitura de Água Preta.

policia-federal

A Polícia Federal  (PF) deflagou, nesta sexta (26), uma ação que faz parte das investigações sobre corrupção na Prefeitura de Água Preta, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Está sob investigação o recebimento de vantagens indevidas por parte do prefeito, segundo a PF.  
 
A Operação Tork é uma continuidade da Operação Dilúvio, que aconteceu em dois momentos no ano passado. 
 
Em setembro de 2023, o prefeito Noé Magalhães (PSB) acabou sendo preso. Este mês, ele voltou ao cargo no Executivo municipal. 
 
Nesta sexta, a PF cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas físicas e jurídicas. Os bens desses alvos estavam em uso pelos investigados na Operação Dilúvio.
 
A ação aconteceu em endereços no Recife e Região Metropolitana. Os alvos estão sujeitos a penas que, se forem somadas, podem chegar a 32 (trinta e dois) anos de reclusão, além de multa.
 
Operação
 
A Tork é uma ação da Delegacia de Repressão a Crimes de Corrupção e Desvio de Recursos Públicos. Ela deu continuidade  a apurações sobre o recebimento de vantagens indevidas por parte do prefeito de Água Preta.  
 
O trabalho se originou a partir dos resultados da  Operação Dilúvio, que apurou a prática de crimes de corrupção, desvio de recursos públicos, fraudes em licitação, lavagem de dinheiro, agiotagem, entre outros, atribuídos a agentes públicos, servidores, empresários e particulares.   
 
Prisão
 
Noé Magalhães no dia 5 de setembro de 2023, em casa, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. 
 
A segunda fase da Dilúvio teve como meta investigar uma "teia de crimes" que incluem corrupção, desvio de fundos públicos, agiotagem e lavagem de dinheiro, com suspeitas envolvendo agentes públicos, empresários e cidadãos comuns.
 
A ação conduzida mobiliza uma equipe composta por 40 policiais federais, bem como servidores da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União, que resultou em sete mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão preventiva. 
 
A Polícia Federal apontou como fator suspeito na gestão de Água Preta a contratação, em caráter de urgência, de uma empresa prestadora de serviços de manutenção corretiva e preventiva da frota municipal. 
 
Conforme as investigações, a referida empresa teria assumido custos que incluíam passagens aéreas internacionais em classe executiva para o prefeito e sua esposa.
 
Primeira fase
 
A primeira fase da Operação Dilúvio foi desencadeada em 23 de maio de 2023, quando 27 mandados de busca e apreensão foram cumpridos entre os municípios de Água Preta, Cabo de Santo Agostinho, Catende, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Palmares, Paulista, Recife e Tamandaré. 
 
Os resultados alcançados durante a primeira fase do trabalho apontaram indícios do envolvimento de outras pessoas no esquema criminoso, incluindo a prática de atos de obstrução da justiça.

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