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26/04/2024 às 05h29m - Atualizado em 26/04/2024 às 07h31m

Servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco são presos por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro; prejuízo é de R$ 6,4 milhões

Presos são chefe de secretaria e dois subordinados que atuavam em varas cíveis. Tribunal comunicou que já decidiu pela demissão de dois deles

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Três servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) foram presos, nesta quinta-feira (25), por suspeita de corrupção, comunicação falsa de crime, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. As prisões aconteceram dentro da Operação Themis, da Polícia Civil (PCPE), que cumpriu seis mandados de prisão em Pernambuco e na Paraíba. Ao todo, foram seis pessoas presas. O grupo, segundo a polícia, desviou cerca de R$ 6,4 milhões quando estava em atividade.

As investigações começaram em outubro de 2023, sob a coordenação do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) junto à Delegacia de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Deccor). A assistência policial presente no TJPE comunicou o provável envolvimento de servidores na emissão de alvarás falsificados, feitos mediante cobrança de pagamento. O dinheiro obtido pela quadrilha era lavado e reutilizado na compra de veículos de luxo, imóveis, joias e até na compra de cavalos de raça.

“Existem, dentre os presos, servidores do Poder Judiciário que estariam relacionados à falsificação e à expedição indevidas de alvarás. Dois desses servidores já estão com decisão administrativa de demissão”, informou o TJPE em nota oficial.

Servidores se passavam por juíza aposentada

Segundo o delegado Breno Maia, da Deccor, os servidores do TJPE que participavam da organização criminosa são um chefe de secretaria e dois funcionários de varas cíveis. Eles emitiam os documentos falsos com a identidade de uma juíza aposentada.

“O chefe de secretaria usava o token de uma juíza aposentada, sem o conhecimento ou consentimento dessa juíza, para expedir os alvarás nos processos cíveis da vara na qual ele era chefe de secretaria. Ele expedia em benefício de pessoas alheias ao processo. Essas pessoas levantavam o valor dos alvarás e muitas delas passavam o valor de volta para ele”, explica o delegado.

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