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29/03/2018 às 21h18m - Atualizado em 31/03/2018 às 15h22m

Intérprete de Maria, Fabiana Pirro diz que leva personagem simples e do povo para os palcos da Paixão de Cristo 2018

Esta é a segunda vez que Fabiana dá vida à mãe de Cristo nos palcos da cidade-teatro. A primeira experiência foi em 2009.

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Natural de Pernambuco e de família católica, a atriz Fabiana Pirro foi a escolhida para interpretar Maria na temporada 2018 da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Esta é a segunda vez que Fabiana dá vida à mãe de Cristo nos palcos da cidade-teatro. A primeira experiência foi em 2009.

Ao G1, ela falou sobre o espetáculo, a emoção de atuar em uma peça que foi criada em Pernambuco e a diferença entre a Maria deste ano e a de nove anos atrás. Confira na entrevista:

Você já se apresentou aqui em Nova Jerusalém por várias vezes. Inclusive, interpretou Maria em 2009. Como é atuar de novo na Paixão de Cristo?

É um presente que eu ganhei na minha vida artística poder ter começadoa fazer teatro aqui, neste templo sagrado. Todo teatro é um templo. E este aqui é imenso! A gente realmente tem uma responsabilidade gigantesca, porque são espetáculos que têm um público enorme a cada noite. Começar aqui me deu uma noção da grandeza que o teatro abarca, como o teatro pode ser tão mágico. Eu fui pega de um jeito que não teve volta. E eu me sinto muito honrada de voltar depois de tanto tempo. A primeira vez que eu pisei aqui foi em 1997. Já são 21 anos. Minha primeira personagem foi uma dama da corte de Herodes. De lá para cá eu só adentrei mais no universo do teatro e hoje eu me sinto mais confiante. Como dizia o profeta Elias, "é na confiança que está a vossa força". O tempo no teatro é valioso, muito benéfico. Então, esses 21 anos que se passaram me deram uma base muito sólida e hoje eu acredito muito no que eu faço.

E qual a diferença da Fabiana que fez Maria em 2009 para esta de 2018?

É muito diferente. O tempo é muito valioso. Naquele ano de 2009 eu fui para uma Maria muito santa, porque eu venho de uma família muito católica. Eu tinha o pensamento de que Maria estava no céu. O tempo passou e eu falei: Meu Deus, ela está aqui. Ela é mãe como eu sou. Então, eu sei o que é ter um filho. Eu trouxe Maria para cá mesmo. E foi lindo ter a primeira experiência com ela nesse lugar de santidade e agora nesse lugar de mãe, de mulher do povo, mulher simples, que eu me identifico muito. Com certeza, são dois momentos diferentes, duas Marias diferentes. E o ator é um "bicho" que vai mudando a cada dia, sempre com nossas experiências, nossas quedas, nossos triunfos. Tudo isso serve de material mesmo. Com esses nove anos que se passaram, desde a primeira vez que fiz Maria, eu falei: Meu Deus, que lindo que a gente vai mudando!

Como é ser de Pernambuco e atuar em um espetáculo que teve origem e segue sendo realizado no estado?

Pernambuco é um celeiro de atores e atrizes. Somos um povo muito criativo, voltado para a arte. Então, Maria está sendo feita por uma pernambucana, Jesus está sendo feito por um pernambucano e isso está certo. Nós temos um teatro muito forte. Recife é considerada uma capital do teatro. Somos de uma terra fértil, artisticamente falando.

Qual mensagem você deixa sobre o espetáculo?

Olha, é um espetáculo que modifica de verdade a gente. Eu acredito que modifica tanto nós, que estamos fazendo, quanto quem está assistindo. Eu me emociono muito. Nunca é demais a gente falar de amor, de generosidade, do perdão, da fé. Eu acho que, cada vez mais, temos que falar disso para ver se a gente muda um pouquinho a feiúra que está esse mundo. Renatinho [Renato Góes] está lindo, trouxe um Jesus calmo, puro, forte. O espetáculo está lindo.

 Por Joalline Nascimento do G1 Caruaru

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