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16/03/2019 às 08h42m - Atualizado em 17/03/2019 às 11h19m

Empresa espanhola vai administrar seis aeroportos do Nordeste

Aeroportos do Recife, Maceió, Aracaju, Juazeiro do Norte, João Pessoa e Campina Grande serão administrados pela espanhola Aena, que ofereceu R$ R$ 1,9 bilhão pelo bloco.

aeroporto

Porta de entrada principalmente para viajantes da Europa, os aeroportos de vocação turística do Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa e Campina Grande (ambos na Paraíba) serão administrados pelo consórcio liderado pela espanhola Aena, que ofereceu R$ R$ 1,9 bilhão pelo bloco, com ágio de 1.010%, no primeiro leilão de concessão do governo Jair Bolsonaro.

Os blocos do Centro-Oeste serão administrados pelo Consórcio Aeroeste, que ofereceu R$ 40 milhões, com ágio de 4.739,88%. No Sudeste, a Zurich ofereceu R$ 437 milhões, ágio de 830,15%, e irá administrar os aeroportos do bloco.

Os terminais deverão receber fortes investimentos na sua infraestrutura nos primeiros cinco anos de vigência do contrato. Os vencedores terão que realizar, em um primeiro momento, melhorias em banheiros, sinalizações de informação, internet wi-fi gratuita, sistemas de climatização, escadas e esteiras rolantes e elevadores, entre outras intervenções.

Considerado o mais atrativo dos três blocos de aeroportos oferecidos pelo governo, o Nordeste recebeu propostas de seis grupos privados. O lance mínimo estipulado era de R$ 171 milhões. Inicialmente, a Aena ofereceu R$ 1,850 bilhão, ágio de 981,47%, seguido de Zurich (R$ 1,690 bilhão, ágio de 887,93%), Consórcio Região Nordeste, formado pelas empresas Pátria e a alemã Avialliance (R$ 1,488 bilhão, ágio de 770%), CPC (R$ 1,007 bilhão, ágio de 488,67%)  Fraport (R$ 850,49 milhões, ágio de 397,18%) e Vinci Airports (R$ 351 milhões, ágio de 105,19%). A Zurich chegou a fazer uma segunda oferta de R$ 1,851 bilhão, mas a Aena também melhorou sua proposta e ofereceu R$ 1,9 bilhão, superando a Zurich

Esta foi a primeira vez que o modelo de concessão em blocos foi testado. A decisão sobre a concessão no modelo em blocos foi tomada em 2017, quando a privatização dos terminais foi anunciada como parte do Programa de Parceria de Investimento (PPI). Até então, os aeroportos vinham sendo leiloados individualmente. Segundo o governo, a organização em blocos está relacionada à maior vocação de uso dos terminais: os do Nordeste para o turismo, os do Centro-Oeste para o agronegócio e os do Sudeste para atividades empresariais ligadas ao setor de energia, como petróleo e gás.

O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, manifesta confiança no novo modelo. Ele disse que acredita que o leilão será bem-sucedido. “Vamos por à prova, neste leilão, o modelo de blocos. Tenho certeza que será um sucesso, principalmente pelo interesse dos investidores e a quantidade de propostas recebidas”, disse Freitas. A intenção, de acordo com o ministro, é que até 2022, mais 44 aeroportos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) sejam concedidos à iniciativa privada.

Aena é a maior gestora de aeroportos do mundo em número de passageiros

Vencedora do leilão pelos aeroportos do Nordeste, a estatal espanhola Aena é a maior gestora de aeroportos do mundo em número de passageiros, operando 46 aeroportos e dois heliportos na Espanha, além de deter 51% de participação no aeroporto de Luton, em Londres.

Entre os grandes terminais da empresa, está o Aeroporto de Barajas, em Madri. No ano passado, a companhia operou terminais que transportaram 263,7 milhões de passageiros. O grupo é listado na bolsa de valores espanhola desde fevereiro de 2015.

Em julho de 2014, o Conselho de Ministros da Espanha aprovou uma nova estrutura regulatória e de supervisão para controle da qualidade aeroportuária e manutenção da rede, visando promover o desenvolvimento econômico e a competitividade do setor através do congelamento de impostos até 2025.

Entre as perspectivas da empresa para este ano, o grupo ressaltou recentemente na apresentação dos resultados de 2018 que analisava oportunidades com especial ênfase nos mercados da América Latina e Europa.

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