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05/02/2022 às 20h07m

Mulher é resgatada após viver 39 anos em situação de trabalho escravo em residência, na Paraíba

A mulher morava na casa desde os 18 anos de idade e passou a ter uma rotina de trabalho que iniciava às 7h e se estendia até meia-noite.

escravidao

Uma mulher de 57 anos foi resgatada após viver 39 anos em  situação análoga a trabalho escravidão na cidade de Campina Grande, Agreste da Paraíba.

A vítima foi resgatada após uma denúncia anônima de moradores do bairro e uma operação deflagrada pela auditoria-fiscal do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), Polícia Federal (PF) e Defensoria Pública da União (DPU) em Campina Grande, resultou no resgate da mulher.

Segundo a polícia, ela trabalhava na casa desde os 18 anos de idade, onde na ocasião foi retirada da cidade onde morava, em Cuité, e passou a ter uma rotina de trabalho que iniciava às 7h e se estendia até meia-noite. Os patrões adotaram cerca de 100 cães e a mulher que tomava conta dos animais.

Devido ao trabalho intenso e contato com produtos de limpeza, a vítima acabou desenvolvdo uma doença nas mãos, conforme apurou o Notícia Paraíba.

Apesar de receber salário mensal, a funcionária nunca teve direito ao descanso de 30 dias e não usufruía de descanso semanal remunerado. Além disso, a mulher nunca foi autorizada a ficar afastada por mais de quatro dias das atividades.

Ainda de acordo com a auditora, a mulher vivia um processo de coação psicológica que a levava a aceitar as condições indignas de trabalho com afirmações de que ela teria responsabilidades com os idosos por ser uma pessoa considerada da família.

A trabalhadora foi levada para a casa de familiares em Cuité e o empregador foi notificado e deverá pagar pelos direitos da vítima, como as verbas indenizatórias.

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