05/02/2020 às 12h23m - Atualizado em 05/02/2020 às 13h30m
Ex-comandante do Batalhão de Trânsito da PM de Pernambuco é acusado de assédio sexual por nove mulheres
Vítimas são militares da ativa, segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Joseny Bernardino dos Santos foi afastado do cargo em 2019, de acordo com a PM.
Um ex-comandante do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) está sendo acusado de assediar sexualmente nove mulheres, todas policiais militares. Nesta terça-feira (4), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou que todas as vítimas são militares da ativa. Com informações do G1PE.
A denúncia contra Joseny Bernardino dos Santos foi aceita pelo tribunal no dia 15 de janeiro deste ano. O juiz Luiz Cavalcanti Filho marcou para o dia 4 de agosto de 2020 a audiência para realização de sorteio dos membros do Conselho Especial de Justiça Militar.
O TJPE informou que o policial está respondendo pelo crime de assédio sexual, "prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função".
Joseny assumiu o comando do BPTran em 2016 e, de acordo com a Polícia Militar, permaneceu no cargo até maio de 2019, quando foi afastado do cargo. A corporação informou que, atualmente, o acusado atua na Diretoria de Saúde da PM, enquanto responde ao processo na Justiça Militar.
De acordo com o Portal da Transparência do governo de Pernambuco, sete das vítimas são soldados, uma é cabo e outra exerce o cargo de sargento na Polícia Militar.
O G1 questionou a PM a data em que ocorreu a primeira denúncia contra Joseny, mas até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.
Procurada pelo G1, a Secretaria de Defesa Social (SDS) informou que se pronunciaria sobre o caso por meio da assessoria de imprensa da PM.
A polícia, por sua vez, afirmou que "tomou todas as medidas necessárias no âmbito interno, em instauração de Inquérito Policial Militar, tendo o oficial sido indiciado e está respondendo na justiça militar, pelo delito imputado na denúncia ministerial".
