31/01/2019 às 09h09m - Atualizado em 31/01/2019 às 10h43m
Família de Petrolina viaja para Brumadinho em busca de parente desaparecido
Ana Paula dos Santos saiu da cidade, junto com o filho, na tentativa de saber o paredeiro do marido, funcionário da Vale há 13 anos
Com informações da Rádio Jornal de Petrolina
Na lista de nomes dos 276 desaparecidos e 84 mortos, sendo 33 desses ainda sem identificação, em Brumadinho, após o rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, um em especial preocupa Ana Paula dos Santos. A moradora de Petrolina aguarda ansiosamente por notícias do ex-marido, Cláudio Márcio dos Santos, que desde a última sexta-feira (25), dia da tragédia, não entrou em contato com a família. A ex-mulher partiu de Pernambuco e embarcou em viagem para Minas Gerais nesta quarta-feira (30), na tentativa de saber do paradeiro do ex-companheiro.
Cláudio, pai de dois filhos com Ana Paula, mora em Betim, Minas Gerais, a cerca de 28 km de Brumadinho, e é funcionário da Vale há 13 anos, ficando responsável pela parte de inspeção de máquinas da empresa responsável pela barragem que rompeu.
O amigo de Cláudio escapou por pouco de ser uma das vítimas. Ele havia saído do local onde Cláudio trabalhava cerca de 10 minutos antes da barragem estourar.
De acordo com Ana Kátia Lopes, irmã de Ana Paula e ex-cunhada de Cláudio, a ex-mulher seguiu para Minas Gerais para resolver questões burocráticas, mas pelos próximos dias irá acompanhar as buscas em Brumadinho. "Provavelmente amanhã (quinta-feira) ou sexta-feira ela irá para Brumadinho acompanhar de perto as investigações e as buscas, porque a família dele já procurou em hospitais e no IML, mas até o momento não foi encontrado. Então ela resolveu ir diretamente junto com o filho para Brumadinho e acompanhar de perto'', declarou Ana Kátia.
Mortos e desaparecidos
Em cinco dias, as equipes de resgate confirmaram 84 mortos, dos quais 51 foram identificados, além de 276 desaparecidos. Até o momento, 192 pessoas foram resgatadas com vida. Para que esse número aumente e o de vítimas seja o menor possível, os bombeiros chegam a ficar até dez horas seguidas na chamada "área quente", que concentra o maior número de desaparecidos e destroços da tragédia, com período de descanso de seis horas entre uma missão e outra.