22/01/2019 às 12h46m - Atualizado em 22/01/2019 às 17h58m
Com preço do açúcar em baixa, usina amplia produção de etanol em 16% nesta safra
A unidade diz ter focado na produção do combustível devido os baixos preços do açúcar no mercado nacional e global. E ainda produziu cachaça. Foram 6,2 milhões de litros.
Com 13% de incremento, um grupo de 800 fornecedores de cana da Zona da Mata Norte do estado, responsável pela reativação da usina Cruangi, em Timbaúba, comemora a conclusão da moagem com 627 mil toneladas nesta safra.
A cooperativa informa que superou a marca de 547 mil toneladas da safra anterior. Também ampliou a fabricação de etanol com 51,6 milhões de litros. Cresceu 16% em comparação a última safra.
A unidade diz ter focado na produção do combustível devido os baixos preços do açúcar no mercado nacional e global. E ainda produziu cachaça. Foram 6,2 milhões de litros.
Alexandre Andrade Lima, presidente da cooperativa e da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), explica que a cooperativa assumiu a usina em 2015 e vem crescendo desde então.
“O grupo tem investido na qualificação da unidade. Só na eletrificação das moendas, investiu R$ 3,5 milhões nesta safra. Já colhem resultados desta aposta. Tem gerado uma sobra maior do bagaço da cana, que está sendo vendido em grande quantidade para a alimentação de animais e inclusive para o uso de outras usinas. O bagaço é utilizado como matriz energética. Só para a alimentação, foram comercializadas 1,5 mil toneladas de sobras do bagaço hidrolisado nesta safra, ante as 264 toneladas na anterior”.
“Já com a sobra do bagaço in natura, usado na produção de energia por outras usinas e no setor avícola para acomodar as aves, já vendemos 15 mil toneladas e temos mais 13 mil para negociar”, diz.
Nos dois últimos anos, pagou a maior média de ATR (taxa de açúcar da cana). O ATR é um dos indicadores principais para definição do valor que as usinas pagam aos fornecedores pela cana.
“O nosso ATR médio da atual safra foi de R$ 141 por quilo. Tem tudo para ser o maior outra vez”, diz Lima.
A usina Cruangi, rebatizada pelos canavieiros de Coaf (Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana), é responsável por 300 postos de trabalho na unidade e mais 3,7 mil empregados nos engenhos dos 800 agricultores cooperativados.
“Tivemos uma das melhores safras até agora, apesar da mortandade de parte dos canaviais diante de períodos secos. Já vamos reiniciar os preparativos para a nova safra e esperamos que o clima ajude para que possamos atingir marcas maiores”, disse o gestor.