17/01/2023 às 04h16m - Atualizado em 17/01/2023 às 09h12m
OAB-PE é contra criação de auxílios para deputados na Alepe
Após aumento dos salários de R$ 25.322,25 para R$ 29.469,99, deputados estaduais criaram auxílios-moradia, saúde e alimentação com gasto extra de R$ 12.377,37 para cada parlamentar por mês.
Após aumentarem os próprios salários, de R$ 25.322,25 para R$ 29.469,99, os deputados estaduais de Pernambuco votarão, em regime de urgência, a criação de auxílios-moradia, saúde e alimentação. Caso aprovados, os benefícios podem gerar um gasto extra, por mês, de R$ 12.377,37 para cada parlamentar. Por ano, o valor chega a R$7.277.893,56. A justificativa dos deputados é a necessidade de "equiparação junto às instituições". Vale lembrar, que no penúltimo dia de dezembro, os deputados derrubaram o veto do ex-governador Paulo Câmara (PSB), a 22 emendas que retiram R$ 90 milhões do Executivo para aumentar o orçamento do Legislativo, em 2023.
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A OAB-PE se posicionou contra a criação dos auxílios e afirma que medida extrapola o razoável. A votação ocorre na próxima terça-feira (17), em meio ao recesso do legislativo. Segundo o presidente da instituição, Fernando Ribeiro Lins, existe uma extravagância no limite dos auxílios.
Fernando Ribeiro Lins ainda destaca que a atual situação do Brasil precisa ser levada em consideração antes de buscar benefícios próprios, como os auxílios.
O auxílio-moradia equivale a 22% do salário dos deputados. No caso do auxílio-saúde e alimentação, o valor de cada uma corresponderá a 10% do salário dos legisladores. Em meio a uma mudança de gestão, em que será necessário reavaliar políticas utilizadas durante 16 anos de gestão PSB e também implementar novas estratégias, a votação em regime de urgência, se desprende do real propósito de representar o povo, visto que Pernambuco e também o Brasil vivenciam a pobreza, o desemprego e a fome em números de larga escala.