04/01/2024 às 22h58m
- Atualizado em
05/01/2024 às 04h29m
Um menino de 5 anos morreu após ser atropelado por um carro no condomínio onde morava, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. De acordo com testemunhas, a criança estava andando de bicicleta quando foi atingida pelo veículo e arrastado por alguns metros.
A motorista de 25 anos, cujo nome não foi divulgado oficialmente, foi autuada em flagrante por homicídio culposo na direção de veículo automotor. Mas teve a liberdade provisória concedida pela Justiça, na tarde desta quinta-feira (4).
O atropelamento aconteceu no Conjunto Recanto do Sol, o menino, identificado apenas como Asafe, estava na companhia da mãe no momento em que foi atingido pelo carro, que estava em uma velocidade acima de 10km/h, que é a permitida no condomínio.
"O condutor do veículo estava desenvolvendo velocidade incompatível para o trecho. Não estou dizendo que estava em alta velocidade, agora a velocidade permitida dentro do condomínio era de 10km/h. Além disso, não havia marcas de frenagem", disse o perito criminal Heldo Souza.
O Instituto de Criminalística realizou perícia no local e deve indicar, nos próximos dias, qual era a velocidade do carro que atingiu o menino.
Por meio de nota oficial, a Polícia Civil de Pernambuco disse que o caso está sendo investigado como um "acidente de trânsito com vítima fatal".
O carro envolvido no atropelamento não foi apreendido. Ele tem quatro multas registradas no Detran-PE: uma por trafegar em local proibido, outra por circular na faixa exclusiva de ônibus, uma por avanço do sinal vermelho e outra por excesso de velocidade.
O Conjunto Recanto do Sol se pronunciou por meio de nota oficial, assinada pelo síndico Wagner Silva. No texto, ele afirma que "toda a comunidade do Condomínio lamenta profundamente o ocorrido e partilha da dor sofrida pela família". Foi decretado luto de três dias.
Destacou ainda que "as imagens e registros serão entregues à polícia assim que requeridas".
O condomínio reiterou que possui "regramento interno de proibição de condução de veículos acima de 10km/h, o qual, segundo informação extraoficial do perito à imprensa, possivelmente não foi respeitado, mesmo com a sinalização".
Por fim, o condomínio afirmou que não procede a informação de que o veículo envolvido no atropelamento tinha histórico de ocorrências com alta velocidade.
"Em consulta ao aplicativo de denúncias, que são realizadas pelos próprios moradores, nada foi encontrado em relação à unidade, ou seja, não houve nenhuma ocorrência desse tipo", disse o texto.