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03/01/2018 às 07h36m - Atualizado em 03/01/2018 às 07h36m

Velório do ex-ministro Armando Monteiro Filho reúne familiares e políticos

O ex-ministro morreu aos 92 anos, nesta terça-feira (02), após complicações pulmonares

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O empresário e ex-ministro da Agricultura, Armando Monteiro Filho, que morreu na manhã desta terça-feira (2), no Recife, vítima de causas naturais, teve o corpo velado ao longo do dia na capela do Instituto Ricardo Brennand, por onde passaram dezenas de políticos de vários partidos.

Na manhã desta quarta-feira, o corpo será novamente velado e depois cremado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, às 10 horas da manhã.

Armando Monteiro Filho nasceu nasceu no Recife no dia 11 de setembro de 1925, filho filho do empresário Armando de Queirós Monteiro e de Maria José Dourado.

Ingressou na Escola de Engenharia da Universidade de Recife em 1945, tendo participado, como estudante, de manifestações contra o Estado Novo.

Nas eleições de 1950 elegeu-se deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD), mas foi impedido de tomar posse porque era genro do governador eleito Agamenon Magalhães.

Em 1951 assumiu a Secretaria de Viação e Obras Públicas no governo do sogro, cargo que ocupou até 1954 quando assumiu uma vaga aberta na Assembléia Legislativa.

Em 1954 candidatou-se a deputado federal e foi o campeão de votos no Estado. Reelegeu-se em 1958, sempre pelo PSD.

Com a renúncia do presidente Jânio Quadros em 1961, votou a favor da emenda constitucional que instituiu o regime parlamentarista no país para garantir a posse do vice-presidente João Goulart, que não era bem vista pelos militares,

Com a escolha do deputado Tancredo Neves para primeiro ministro, assumiu o Ministério da Agricultura onde permaneceu por 9 meses.

Com a renúncia do gabinete de Tancredo Neves em 26 de junho de 1962, deixou a pasta da Agricultura e reassumiu sua cadeira de deputado federal.

Em 1962 disputou o governo de Pernambuco contra Miguel Arraes (eleito) e João Cleofas, ficando em terceiro lugar.
Opositor do golpe militar que destituiu João Goulart em 31 de março de 1964, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro, partido de oposição ao novo regime, sob cuja legenda concorreu, sem sucesso, ao Senado em 1966.

Após o fim do bipartidarismo, em novembro de 1979, filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), liderado pelo ex-governador gaúcho Leonel Brizola, de quem era amigo.

Em 1994 disputou uma vaga de senador na chapa de Miguel Arraes, mas perdeu a eleição. Os eleitos foram Roberto Freire (PPS), da chapa de Arraes, e Carlos Wilson (PSDB), da chapa da oposição. Foi sua última disputa eleitoral.

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